Procuro conversar comigo
A sós.
Falo tudo o que eu quero dizer
E ouço tudo o que eu quero falar.
Sozinho, não procuro nada.
A ponta da minha língua afiada
Me incomoda
Como os domingos.
Odeio os domingos!
Visitação,
Frango com macarrão,
Gugu e Faustão,
Pet barata,
Copo sujo de mão de menino,
Pilha de vasilhas na pia,
Restos de comida na mesa.
E à noite,
As pessoas comuns passeando nas praças
Com suas proles,
Com seus cachorros lambões
Sujando o chão,
O meu chão!
Que eu vou pisar
Com a minha autofilia.
Paulinho Manacá
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
1/4 do meu quarto
É um espelho grande que tem a minha cara.
É um espelho grande que teme a minha cara.
É um espelho grande que tem cara.
É um espelho grande que tem, cara.
É um espelho grande, cara.
Repara na cara do espelho
Que reflete o que encara,
E prepara a imagem
Que vais encarar.
A minha poesia,
É o reflexo do que estou vivendo.
E agora,
Estou vendo o espelho do meu quarto.
¼ do quarto,
Que é a parte que me foi permitida.
Permito me ver refletido no espelho,
Que mostra a imagem real
Como de fato é:
Alguém deitado numa cama,
E se vendo no espelho
Do ¼ do seu quarto.
Paulinho Manacá
É um espelho grande que teme a minha cara.
É um espelho grande que tem cara.
É um espelho grande que tem, cara.
É um espelho grande, cara.
Repara na cara do espelho
Que reflete o que encara,
E prepara a imagem
Que vais encarar.
A minha poesia,
É o reflexo do que estou vivendo.
E agora,
Estou vendo o espelho do meu quarto.
¼ do quarto,
Que é a parte que me foi permitida.
Permito me ver refletido no espelho,
Que mostra a imagem real
Como de fato é:
Alguém deitado numa cama,
E se vendo no espelho
Do ¼ do seu quarto.
Paulinho Manacá
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