Foi lá pr’aquelas bandas
Quando deixei minha terra
Às margens do Rio Doce
Juntinho do pé da serra.
Contam os antigos dali
Que, na banda de lá do rio,
Reinava um povo valente
Que dava medo e arrepio.
Moravam no fundo d’água
Mas tomavam conta da serra.
Faziam coisas ali, que dava medo e pavor.
Tombavam canoa do rio
Viajante e pescador
Corriam com homens valentes
Pistoleiro e caçador.
Pequeno era o seu tamanho.
A feiúra estonteante.
O corpo de um menino
Com a força de um gigante.
Reinavam e vigiavam
As bandas de lá do rio
De onde se podia ver
O peixe crescer sadio
A paca e o tatu viveram
Sem medo do desafio
Até a pintada sofrida
Seguir o ciclo da vida.
Caboclinho se foi.
A fauna se apavorou.
O homem subiu a serra
E de lá de cima voou.
Corre bicho sobe gente
Visitante predador.
Paulinho Manacá
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
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